Introdução
Neste trabalho irei falar sobre Pigmentos
Fotossintéticos, os pigmentos
fotossintéticos são substâncias capazes de absorver luz visível utilizada no
processo fotossintético. Os mais importantes são as clorofilas (a, b,
c e d), os carotenóides (carotenos e xantofilas) e as ficobilinas
(ficoeritrina e ficocianina) As clorofilas são pigmentos fotossintéticos de cor
verde e ocorrem em todos os eucariontes fotossintéticos e nas cianobactérias.
No grupo dos
carotenóides, os carotenos têm cor alaranjada, surgindo em todos os organismos
fotossintéticos, com excepção das bactérias. As xantofilas, pigmentos de cor
amarela, encontram-se nas algas castanhas e nas diatomáceas. As ficobilinas
surgem nas algas vermelhas e nas cianobactérias, sendo a ficobilina um pigmento
de cor avermelhada e a ficocianina azul.
Pigmentos
fotossintéticos
São moléculas que
absorvem e emitem luz, mudando seu estado electrónico. (Taiz & Zeiger,
1998) Estas moléculas também são chamadas de foto-receptores, pois absorvem a
luz para eventual uso em processos fisiológicos. Elas processam a energia
luminosa em uma forma que pode ser usada pela planta. (Hopkins, 1995) Todos os
pigmentos activos na fotossíntese são encontrados no cloroplasto. As clorofilas
e bacterioclorofilas (pigmentos) encontrados em certas bactérias são típicos
pigmentos de organismos fotossintetizantes. Actualmente todos os organismos fotossintetizantes
possuem uma mistura de mais de um tipo de pigmentos, cada um servindo a uma
função específica. (Taiz & Zeiger, 1998)
Os mais importantes
pigmentos absorvedores de luz nas membranas dos tilacóides dos cloroplastos são
as clorofilas, mas os pigmentos acessórios (por exemplo, os carotenóides e as
ficobilinas) também são capazes de absorver luz. Os pigmentos acessórios
absorvem luz em comprimentos de onda diferentes daqueles absorvidos pelas
clorofilas e, portanto, são receptores suplementares de luz. (Lehninger, 1995)
A clorofila se
apresenta verde aos nossos olhos porque ela absorve luz dos comprimentos de onda
vermelha e azul e reflecte a luz verde (aproximadamente 550 nm). Neste
processo, a clorofila em estado basal ou baixa energia, absorve um fóton e faz
a transição para um estado excitado ou de alta energia. A distribuição dos eléctrones
na molécula é um pouco diferente no estado excitado em relação ao seu estado
basal.
No estado excitado, a
clorofila é extremamente instável e muito rapidamente doa energia como calor e
volta ao seu estado de baixa excitação. Isto ocorre em termos de nano segundos
(10 – 9s). A clorofila excitada tem diferentes caminhos para esta energia
disponível. Ela pode reemitir um fóton e retornar ao seu estado basal, cujo
processo é conhecido como fluorescência.
Alternativamente, a
clorofila excitada pode retornar ao seu estado basal pela conversão da energia
de excitação em calor, directamente (conforme já mencionado anteriormente). Um
terceiro processo é a fotoquímica, em que a energia é utilizada para a
ocorrência de reacções químicas. (Taiz & Zeiger, 1998)
A molécula de
clorofila consiste de duas partes: uma cabeça porfirínica e uma longa cauda
formada por hidrocarboneto chamada fitol. A porfirina é um tetra pirrol
cíclico, formado por quatro anéis pirrólicos contendo nitrogénio, arranjados de
modo cíclico. Para completar a molécula, existe um íon magnésio (Mg2+) que lado
aos quatro átomos de nitrogénio no centro do anel. (Hopkins, 1995)
Quatro tipos de
clorofilas são conhecidas e denominadas a, b, c e d. A diferença entre elas é
pequena. A clorofila a é o pigmento fotossintético primário em plantas
superiores. A clorofila b é similar a ela, excepto pelo grupo formil (-CHO) que
substitui o grupo metil do anel II. Esta clorofila é encontrada em praticamente
todas as plantas superiores e algas verdes.
A
principal diferença encontrada entre a clorofila a e a clorofila c (encontrada
em diatomáceas, dinoflagelados e algas pardas) é que a clorofila c não possui o
fitol. Finalmente a clorofila d, encontrada somente em algas vermelhas, é
semelhante à clorofila a, exceto que um grupo (-O-CHO) substitui um grupo (- CH
= CH2) no anel I. (Hopkins, 1995)
Apesar de todos os
tipos de clorofilas serem verdes, as pequenas variações em sua estrutura fazem
com que o espectro de absorção seja ligeiramente diferente de uma para outra,
permitindo que as diferentes clorofilas complementem-se mutuamente para
aumentar o alcance de absorção do espectro de luz visível. (Lehninger, 1995)
As moléculas de
clorofila nas membranas dos tilacóides estão ligadas a proteínas integrais de
membrana, que orientam a clorofila em relação ao plano da membrana e conferem
propriedades de absorção de luz, que são ligeiramente diferentes daquela da clorofila
livre. (Lehninger, 1995).
Ficobilinas - Fotossíntese
Servem como pigmentos
acessório em algas vermelhas e cianobactérias. Quatro ficobilinas são
conhecidas, sendo que três delas estão envolvidas na fotossíntese, e a quarta,
a fitocromobilina, é um importante fotorreceptor que regula vários aspectos do
crescimento e desenvolvimento. (Hopkins, 1995)
Uma diferença das
ficobilinas para a clorofila é que as primeiras apresentam a cadeia
tetrapirrólica aberta. Outra diferença é que o grupo tetrapirrólico é
covalentemente ligado a uma proteína, que forma uma parte da molécula. Um
pigmento que contém uma proteína como uma parte integrante da molécula (como é
o caso das ficobilinas) é conhecido como cromoproteína. (Hopkins, 1995)
Carotenóides - Fotossíntese
Carotenóides
compreendem uma família de pigmentos amarelos e laranjas, presentes na maioria
dos organismos fotossintetizantes. São encontrados em grandes quantidades nas
raízes de cenoura e fruto de tomate. São também encontrados em folhas verdes.
(Hopkins, 1995)
No outono, quando
parte da clorofila é degrada, os carotenóides que são mais estáveis, fornecem a
coloração característica laranja amarelada das folhas de outono. (Hopkins,
1995) Estes pigmentos são terpenóides de 40 carbonos (C40), biossinteticamente
derivados da via dos isoprenóides. São predominantemente hidrocarbonetos e por
isso são solúveis em lipídeos e estão presentes nas membranas tanto de
cloroplastos quanto de plastídeos especializados chamados cromoplastos.
(Hopkins, 1995)
Conclusão
Depois de
tanta pesquisa conclui que os fotões provenientes da radiação luminosa fazem
com que os electrões das moléculas de clorofila passem para um estado excitado
e mais energético, sendo facilmente transferidos para outras moléculas de
clorofilas que lhes estejam próximas.
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